Moradores da Hafenrandverein (Associação dos Entornos do Porto) organizaram a iniciativa Park Fiction para impedir a especulação imobiliária nas encostas à margem do Rio Elba em St. Pauli por meio de uma campanha que uniu moradores e subculturas de arte e música. A Park Fiction sediou eventos e inventou ferramentas para criar o design de um projeto alternativo.
 
Os artistas Christoph Schäfer e Cathy Skene desenvolveram um arquivo de desejos, uma biblioteca portátil, um escritório de cerâmica, uma linha direta de desejos, um recipiente de planos e um kit de ação (valises de planejamentos móveis). Esse processo de planejamento aberto fez com que os participantes pudessem articular as diversas possibilidades para o parque em um ambiente social informal. Desejos repetidamente mencionados, como o de uma fonte, foram atendidos por planos individuais, resultando na “Pirate Fountain” (Fonte Pirata), por exemplo, ao passo que todos concordaram com o desejo de que houvesse uma “casa na árvore de morango onde não fosse permitida a entrada de adultos”.
 
Após oito anos de planejamento urbano radicalmente democrático e de negociações, a Park Fiction está agora sendo realizada.
 
Kit de ação, Park Fiction, 2008 (Cortesia da Park Fiction)